top of page

Processos e Materias Geologicos

 Rochas Sedimentares:

 As rochas sedimentares recobrem uma superfície de 3/4 da área dos continentes.

A génese das rochas sedimentares implica duas etapas:

  • Sedimentogénese 

  • Diagénese
     


 Sedimentogénese

Conjunto de processos que intervêm na formação de sedimentos. Inclui a formação de materiais a partirde rochas pré-existentes, ou de restos de seres vivos, o seu transporte e a sua deposição.


 Formação de sedimentos


-Existem 3 tipos de sedimentos:

 

  1. Sedimentos detríticos (restos de rochas)

  2. Sedimentos biogénicos (restos de seres vivos)

  3. Sedimentos de origem química.


 Meteorização e Erosão 

  A meteorização é 
o conjunto de alterações das rochas por acção de agentes externos( água, vento,…). A

meteorização pode ser física(desagregação mecânica das rochas) ou química (transformação de minerais noutros mais estáveis face às novas condições ambientais em que se encontram).

 A erosão é a remoção (pela água ou pelo vento) dos materiais resultantes da meteorização das rochas.


 Meteorização física :

-Desagregação em fragmentos cada vez menor;
-Conservação das características do material original;
-Aumento da superfície de exposição aos agentes de meteorização.

 Agentes de meteorização fisica:

  • Efeito do gelo -crioclastia

  • Actividade biológica

  • Descompressão à superfícieAcção mecânica da água e do vento

  • Dilatações e contracções térmicas.


 Meteorização Química:

-Instabilidade de estrutura dos minerais gerados em profundidade;
-Remoção ou introdução de elementos químicos na sua estrutura interna;
-Conversão noutros minerais mais estáveis ou em produtos solúveis

 Agentes
de meteorização química:

  • Água

  • Oxigénio

  • Dióxido de carbono

  • Substâncias produzidas pelos seres vivos.


 A temperatura tem uma grande influência na alteração química pois influencia a velocidade das reacções.
 Os mecanismos de alteração química são muito complexos pelo que abordarei a:
-Hidrolise;
-Oxidação;
-Carbonatação;


 Hidrolise:

 Reacção que envolve a água.
 O mais conhecido é a acidificação da água. Este consiste na mistura de CO2 atmosférico com a água, formando um ácido carbónico.Assim se formam as chuvas ácidas. Um dos exemplos é a formação dacauliniteem que o feldspato presente num granito quando entra em contacto com o ácido carbónico, forma a caulinite.
 A este processo em causa chama-se caulinização. A imagem aqui apresentada demostra uma este processo:
















 Oxidação:

Perda ou ganho de electrões por átomos ou iões da estrutura mineral. Formam-se novos minerais. Emmuitos minerais ricos em ferro, podem oxidar na presença de água e assim originam um novo mineralde cor avermelhado, a hematite.

















 Carbonatação:

 As águas acidificadas podem reagir com a calcite, mineral presente nos calcários, e assim formar produtos solúveis.
 Como podemos ver no seguinte esquema:

















 O cálcio e o hidrogenocarbonato são solúveis pelo que são removidos pela água.Esta reacção química origina um alargamento das fissuras nas quais a água se infiltra e circula.
 Ora como o cálcio e o hidrogenocarbonato é solúvel, será levado pela água. Como certos materiais como a sílica ecertas argilas não são solúveis depositam-se no local, preenchendo os espaços do cálcio e dohidrogenocarbonato. Esses depósitos têm geralmente cor avermelhada devido à presença de óxidos deferro, que se denominamterra rossa.

Trasporte:



 Os materiais resultantes da meteorização são, em regra, transportados pela água e pelo vento paraoutros locais.
 Durante o transporte estes sofrem modificações como o arredondamento e a granotriagem.


 Arredondamento -os detritos, devido aos choques entre eles e com as rochas da superfície, vãoperdendo as arestas e os vértices, ficando a superfície progressivamente mais lisa e curva.

 Granotriagem -as partículas são seleccionadas e separadas de acordo com o tamanho, forma edensidade. P

 Podem ser:

  • Bem calibradas -quando têm aproximadamente o mesmo tamanho;

  •  Moderadamente calibrados

  •  Mal calibradros






















 Sedimentação:

 Ocorre quando um agente transportador perde energia e os materiais transportados ficam depositados(sedimentos).

 A deposição dá-se geralmente, em camadas sobrepostas (estratos), horizontais e paralelos, sobretudoquando ocorre em ambientes aquáticos.


Diagenese

 Conjunto de processos físico e químicos que intervêm após a sedimentação e pelos quais os sedimentosse transformam em rochas sedimentares coerentes e consolidadas.

 Compactação-compressão de sedimentos pelas camadas superiores que sobre eles se foram depositando, com consequente expulsão de água e diminuição do seu volume.

 Cimentação-preenchimento dos espaços entre os sedimentos por novos minerais que resultam daprecipitação de substâncias químicas dissolvidas na água. Estes materiais formam um cimento que ligaas partículas, formando uma rocha consolidada

Figura 12: Proceso de Hidrólise|Processo de Hidrólise

Figura 13: Processo de Oxidação|Produção de Hematite

Figura 14: Equação dos processos químicos de oxidação

Figura 14: Processo de Carbonização

Figura 15:Transporte|Distancia

Figura 16:Processos de compactação e cedimentação

Podem-se considerar 3 grupos de rochas sedimentares:

  • Rochas detríticas;

  • Rochas quimiogénicas;

  • Rochas biogénicas;


Rochas detríticas:


 As rochas sedimentares detríticas são predominantemente constituídas por sedimentos de origem detrítica, ou seja, detritos que se originaram a partir do processo de meteorização e erosão.A granulometria dos materiais que constituem as rochas detríticas é variável e, dada a importância dassuas dimensões é necessário estabelecer sistemas de classificação de acordo com as dimensões que apresentam.Vamos estudar a escala de Udden e Wentworth: A segunte tabela apresenta a classificação dos detritos:





 

 




















Rochas conglomeráticas:

 Estas rochas são formados por detritos cujas dimensões são superiores a 2 mm. Aqui podemosencontrar brechas que são constituídas por detritos angulosos, ou seja, não sofreram grandesalterações.Podemos encontrar depois os conglomerados que são constituídos por rochas que se formam a partirde detritos redondos.
 Imagens tiradas na sala de aula, nas actividades práticas:









 

 

Rochas areniticas:

 As areias são rochas desagregadas que podem ser observadas em diferentes ambientes.

 Atendendo ao seu aspecto e composição podemos ter muitas indicações a cerca do material que aconstitui e em que condições se formaram.Quando a areia fica consolidada numa rocha, forma-se o arenito.








 

 

Rochas silticas e rochas Argilosas:

 Estas rochas tem granulometria muito fina. Correspondem a cerca de 80% do conjunto de rochassedimentares. As partículas argilosas são transportadas pelas águas para sítios longe do local de origem.Quando as argilas ficam submetidas à compressão provocada pelo peso das camadas suprajacentes,tornam-se sucessivamente mais coerentes e mais compactas, sendo designadas porargilitos.
As rochas argilosas raramente são puras mas quando o são, são brancas, e se designam porcaulino.As finíssimas partículas que constituem as argilas aumentam de volume ao absorverem água.Quando as vasas argilosas ficam expostas ao ar seco, a água evapora-se formandofendas de dessecaçãoque são sua característica.














Rochas quimiogénicas:

 Formadas, essencialmente, por materiais resultantes da precipitação de substâncias em solução.Ocorre, por exemplo, quando ocorre a evaporação da água onde as substâncias estão dissolvidas leva aformação de cristais que se acumulam (formam evaporitos) ou quando a precipitação é provocada porreacções químicas, resultando da variação de certas condições do meio ( como a temperatura e apressão).

 Calcários de precipitação

 Como já é conhecimento, as águas acidificadas provocam a meteorização química dos calcários, criandono interior de maciços desta rocha uma rede de cavidades e galerias que constituem as grutas calcárias.

 O carbonato de cálcio que as constitui é solubilizado, formando hidrogenocarbonato que vai serremovido. A rocha fica modelada, formando à superfícielapiaze, no interior,grutas e galerias.

 As águas que circulam no interior das grutas, transportam hidrogenocarbonatos de cálcio, que medeterminadas condições pode precipitar sob a forma de carbonato de cálcio e depositar-se, formandocalcários de precipitação.

















 Rochas salinas -evaporitos:

 As rochas designadas porevaporitosresultam da precipitação de sais dissolvidos, devido à evaporaçãoda água que os contém em solução.À medida que ocorre a evaporação da água, os sais menos solúveis precipitam em primeiro lugar ,seguindo-se, sucessivamente, a precipitação dos sais mais solúveis
.
 A ordem pode ser alterada devido a perturbações do meio, como a renovação da água ou alteração daconcentração de sais


 Exemplo de evaporitos:

  • Sal-gema

  • Gesso












                                     Figura 2o: Exemplo de uma evaporito; Sal-gema

     


 O sal gema é pouco denso e muito plástico. Sendo pouco denso ascende através de zonas débeis formando grandes massas de sal,domas salinos.Como podemos verificar na seguinte imagem, a formação dos salinos.









 Rochas Biogénicas:

 Os sedimentos que compõem as rochas biogénicas podem ser constituídas pordetritos orgânicosoupor materiais resultantes de uma acção bioquímica. De entre as formações com esta origem, vamos considerar os calcários biogénicos, os carvões e o petróleo.

 Calcários biogénicos:

Muitos organismos aquáticos fixam carbonatos, edificando peças esqueléticas, como conchas,polipeiros, carapaças, etc. Após a morte, esses seres depositam-se nos fundos marinhos, formando umsedimento biogénico. A parte orgânica é normalmente decomposta e as conchas acabam por sercimentadas. São exemplos os calcários conquíferos e os calcários recifais.
 Imagem observadas nas aulas praticas












Carvão e petróleo:

 A matéria inicial foi, matéria proveniente de seres vivos, principalmente dos fotossintéticos.Estes seres vivos convertem a energia luminosa do sol em energia química, armazenando-a noscompostos orgânicos que constituem as suas estruturas.

 Quando esses detritos, devido a um fundamento acelerado, ficam rapidamente isolados do ambienteoxidante, transformando-se, de acordo com as condições e com a natureza dos sedimentos, em carvões ou petróleo.

 Na combustão de um carvão ou de um produto petrolífero é mobilizada a energia que foi armazenadapela fotossíntese há muitos milhares de anos. Por essa razão é que se chamam combustíveis fosseis,pois representam a energia captada, transformada, armazenada e preservada há milhões de anos.A evolução da matéria orgânica para formar carvões ou petróleos só e possível em meios muitoespeciais. Estes meios caracterizam-se por serambientes anaeróbiose sãoambientes lagunares costeiros ou meios lacustres.

 Carvões

  •  Carbonoso, rico em materiais voláteis, chamado turfa.Em alguns ambientes continentais propícios, geralmente pantanosos, em regra zonas de difícil drenagem de água, a parte inferior dos musgos e de outras plantas transformam-se, num produto

  •  Os detritos costeiros são abundantes e aprofundam rapidamente sendo recobertos por sedimentosterrigenos e por diagénese evolui paracarvões humicos.À medida que o aprofundamento prosegue, o aumento da pressão e da temperatura está associado àpresença de substâncias tóxicas.

  •  Nestas novas condições há perda de água e de substâncias voláteis e um enriquecimento em carbono. Este processo chama-se incarbonização.

  •  Consoante o grau de evolução formam-se diferentes carvões como alignite,carvões betuminosose porfim aantracite.

  •  A antracite é o carvão que tem maior percentagem de carbono e menor percentagem de voláteis. Daí que não forme fumos e liberte maior quantidade de calor

  •  aumento do carvão depende da idade, pois quanto mais antigo maior teor em carbono.Em períodos desubsidência lenta, a vegetação é abundante e há grandes quantidades de detritosorgânicos. Esses detritos, recobertos por depósitos argilosos finos podem evoluir para carvões

     

Figura 17: Sistema de classificação segundo Udden e Wentworth

Figura 18: Exemplo do caulino

Figura 19: Exemplos de calcários de percepitação

Figura 21: Como se forma os doma salinos

Figura 23: Exemplos de carvões


 Produtos petrolíferos

 Os produtos petrolíferos naturais incluem materiais gasosos, líquidos e sólidos nas condições normais.Os produtos sólidos designam-se por 
betumes, os líquidos por petróleo bruto e os gasosos por gás natural.
 

 A analise química do petróleo mostra que é constituído, essencialmente, por misturas de hidrogenocarbonetos que derivam, da

 parte lipídica da matéria orgânica.

O petróleo é constituído essencialmente por organismos de pequenas dimensões como o

plâncton.

 A matéria orgânica acumulada à profundidade de 2000 a 3000m, em ambiente anaeróbico e emdeterminadas condições de pressão e temperatura, é transformada em hidrocarbonetos líquidos,constituinte mais abundante do petróleo.

 A rocha em que ocorre a formação de petróleo e a rocha-mãe.Como o petróleo é pouco denso ascende acumulando-se em rochas porosas e permeáveis que são arocha-armazém.
 A rocha que impede a migração até a superfície é a rocha-cobertura.
 A rocha armazém, a rocha cobertura, falhas e dobras que impedem a ascensão do petróleo até asuperfície constituem a armadilha petrolífera,
 Como podemos ver nas seguintes figuras, as armadilhas petrolificas como são feitas, existem varias formas:



 

Figura 24: Armadilha Petrolífica

Figura 23: Tipos de armadilhas petrolíficas

 Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra :


 O estudo das rochas sedimentares pode nos dar uma ideia do passado da Terra e recriar ambientes emque se formaram.Nas superfícies de estratificação ocorrem frequentemente marcas que testemunham a existência depausas ou interrupções na sedimentação.
 Citemos alguns exemplos:

 

Marcas de ondulação

Fendas de dissecação

Marcas de gotas de chuva

Icnofósseis -pegadas de animais, pistas reptação, fezes fossilizadas.


Principio do actualismo

-Segundo este principio, pode explicar-se o passado a partir do que se observahoje, isto é, causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às queprovocam o mesmo tipo de fenómenos no presente.

 

Os fosseis e a reconstituição do passado


Fóssil
 

 Os fosseis são considerados restos ou vestígios de seres vivos que viveram em tempos geológicosanteriores e que foram contemporâneos da génese da rocha que os contêm.O conjunto de processos que leva à preservação de restos ou vestígios de organismos nas rochasdenomina-se

fossilização,
 
Eis alguns processos:

 

-Conservação

-Moldagem

-Mineralização

-Icnofósseis


 Conservação

 Este processa engloba a mumificação em que o corpo fica desidratado e fica como queembalsamado. A conservação acontece quando o organismo é totalmente envolvido num meioasséptico, como seja, resina fóssil, âmbar, gelo, alcatrão, etc.
 Aqui tems um exemplo de conservação total:










 

 

 


 Datação relativa das rochas


 A datação relativa corresponde à determinação da ordem cronológica de uma sequencia deacontecimentos.

 

Principio da sobreposição

De acordo com o 
principio da sobreposição numa serie e estratos na sua posição original, qualquer estrato é mais recente que os estratos que estão por baixoe mais antigos que os estratos que o sobrepõem.

A velocidade e as condições de sedimentação podem variar ao longo do tempo pelo que pode havermesmo interrupção da sedimentação. Se as rochas aflorarem nesse período de tempo podem sererodidas. Se, posteriormente, a sedimentação, após uma nova imersão, formam-se estratos queassentam numa superfície erodida. Essa superfície representa uma superfície de descontinuidade.














 

 

 Principio da descontinuidade

 Principio da identidade paleontológica:

 O principio da identidade paleontológicaadmite que os fosseis de determinados grupos aparecemnuma ordem definida e que os estratos que os possuem têm a mesma idade.Só determinados fosseis é que podem ser utilizados para datar a idade. Só Seres vivos que sobreviveramdurante um curto espaço de tempo e que tiveram uma ampla distribuição geográfica. Estes designam-seporfosseis de idade.


















 Principio da intersecção e da inclusão

Segundo o principio da intersecção, toda a estrutura que intersecta outra é mais recente do que ela.Segundo o principio da inclusão, fragmentos de rochas incorporadas ou incluidos são mais antigos doque a rocha que os engloba.

 Reconstituição de paleoambientes

 Fácies de rochas-conjunto de características litológicas (mineralogia, espessura, textura…) fossilíferasde um estrato sedimentar que permite inferir sobre o ambiente em que se formaram.

 Há fosseis que permitem reconstituir os ambientes em que, foram geradas. São designados porfosseisde fácies.














                                                             

                Figura 29:Paleoambientes


 Tempo geológico:

 A escala tempo está dividida em Eras, períodos e épocas.

 Eras:Pré-câmbrico,Paleozóico,Mesozóico.Cenozóico

Figura 26:Consrvação total do Mosquito

Figura 27: Estratos

Figura 28: Principio da idenyidade paleológica

Figura 30: Eras geologicas e os seus respevtivos desenvolvimentos

 Magmatismo

  As rochas magmáticas são as que resultam da solidificação ou cristalização de um magma. Este material é uam mistura complexa de materiais rochosos, parcial ou totalmente fundidos, de composição essencialmente silicata e com uma componente gasosa variável. Formam-se no interior da Terra, em regiões onde a temperatura atinge valores compreendidos, aproximadamente, entre os 800 ºC e os 1500 ºC.
  Apesar da grande diversidade de rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser enquadrados em três tipos, defenidos em função do seu teor em sílica e temperatura.


 

Figura 31. Classificação dos magmas 

 Diferenciação Magmática:

 Á medida que os magmas vão arrefecendo no interiror das câmaras masgmáticas, verifica-se a cristalização de minerais com a estrutura e composição química bem defenidas. Uma vez que os materiais cristalizados separam do magma, formam-se fracções magmáticas com composição diferente do magm inicial. Este processo, designado por diferenciação magmática, permite que a partir de um só magma inicial se formem rochas diferentes.
 Entre os factores que contribuem para a diferenciação magmática, é de destacar a importância da cristalização fracionada como mecanismo que permite a formação sequencial dos diferentes minerais. Durante o arrefecimento dos magmas, os minerias não cristalizam todos ao mesmo tempo. Primeiro formam-se os minerais com ponto de fusão mais elevado e, seguidamente, a partir da fração magmática restante, vão cristalizando os outros, numa sequ~encia decrescente de ponros de fusão.
 Norman Bowen estabeleceu uam ordem segundo a qual se processa a formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas. No modelo sequencial que propôs, Bowen considerou a existencia de duas séries de minerais:

  • Série descontínua- Correspnde a minerais Ferromagnesianos (ricos em Mg e Fe), cujo a estrutura cristalina difere ao longo da sequência de cristalização.

  • Série Contínua- Corresponde a minerias do grupo das plagioclases que mantêm a sua estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização

Figura 32. Série de Bowen

 No final dorma-se Felpespato de Potássio, a moscovite e o quartzo, que não pertencem a nenhuma das séries anteriores. Neste processo de cristalização fracionada, uma parte dos minerias formados a altas temperaturas reage com o magma remanescente, transformanso-se noutros minerais. Por exemplo, os minerais de olivina que não se deferenciam do amgma residual reagem com ele formando cristais de piroxenas. Estes, uma vez formados, podem reagir também com o magma residual, originando cristais de anfíbolas, e assim sucessivamente. Este fenómeno acontece também na série contínua.

Rochas Magmáticas

 As rochas magmáticas podem classificar-se em plutónicas e vulcânicas, atendendo a profundidade a que consolidam os amgmas que lhe dão origem.
  As rochas plutónicas, como o granito, o gabro ou diorito, resultam da consolidação lenta do magma em profundidade, enquanto as rochas vulcânicas, como o basalto, o riólito ou andesito, resultam da consolidação do material magmático à superfície ou próximo dela. A natureza dos magmas e as diferentes consições de consolidação das rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a cor, textura e a composição química e mineralógica.

Textura:


 

Figura 33. Textura das rochas magmáticas

Cor:
 

  • Rochas Leunocratas ( ex: granito e Riólito), se apresentam cor clara, devido à predominância de minerias claros, como feldespatos e quartzo;

  • Rochas Melanocratas (ex. basalto e gabro), se apresentam cor escura, devido à predomenância de minerais escuros, tais como olivina, piroxena e biotite;

  • Rochas mesocratas (ex. diorito e andesito), se apreentam cor intermédia, sem predominância de qualquer um dos diferentes tipos de minerais.

     

 Composição química e mineralógica

 A caracterização mineralógiva das rochas quanto á sua composição química depende , obviamente , dos minerias que as costituem, ou seja, da sua composição mineralógica. Essa caracterização é feita, sobretudo, atendendo à percentagem de sílica existente nas rochas, podendo ser associadas à outras características.



 

Figura 34. Classificação das rochas Magmáticas atenendo á sua composiçõa química.

Deformação frágil e dúctil. Falhas e dobras

 As rochas que integram a litosfera estão sujeitas a forças de tensão resultantes dos movimentos tectónicos. Quando essas tensões são superiores á capacidade de resistência das rochas, estas começam a deformar-se. Essa deformação, que depende das característica estruturais e mineralógicas das rochas bem como da pressão e temperatura a que estão sujeitas, pode corresponder a dois tipos básicos de comportamento:

  • Comportamento frágil, se estiverem mais próximas da superficie e a temperaturas masi baixas, muito inferiores ao ponto de fusão dso minerais que as constituem. Nessas circunstâncias, como se verifica uma grande rigidez dos materiais, a deformação tende a conduzir à fratura dos blocos rochosos, originando falhas;

  • Comportamento dúctil, se estiverem a maiores profundidades e sujeitas a altas temperaturas. Nessas circunstâncias tendemn a formar dobras como o resultado das forças de tensão exercidas sobre o material com menor rigidez. 

Falhas:

  As falhas são fraturas na crosta terrestre ao longo das quais ocorreu movimento relativo dos blocos rochosos que as limitam.     Apesar das diferentes configurações que uma falha pode assumir, é possivel identificar em todas elas elementos que ermitem a sua caracterização e classificação. Esses elementos de falha encontram-se descritos na figura 35. A orientação da falhaé dado de maior importãncia para a compressão dos processos envolvidos an deformaçõ que a originou. Essa orientação é feita através do levantamento de dois parâmentros: a direção da falha e ainclinação da falha, correpondente ao ângulo defenido entre o plano de falha e um plano horizontal.


 

Figura 35. Elementos de uma falha

  As falhas são classificadas em função do movimento relativo entre os blocos, movimento esse acaba por originar geometrias tipicamente associadas a três tipos fundamentais.

 

Figura 36. Classificação das falhas

Dobras:

  As dobras ccorrespondem a alterações da forma e da dimensão dos blocos rochosos, que assim festam um comportamento dúctil face âs forças a que estão sujeitos.
  Tal como as falhas, é possivel identififcar nas dobras elementos que permitem a sua caracterização e classificação. Esses elemento da dobra encontrm-se esquematizados na figura 37 relativamente de dois parâmetros a direção da dobra e a inclinação da dobra.

Figura 37. Elementos de uma dobra

  Para além das muitas classificações possíveis, as dobras podem ser classificadas quanto a sua disposição espacial dos seus elementos ou quanto a idade relativa dos materiais rochosos que integram a dobra.

Figura 38. Classificação e características das dobras

Metamorfismo 

  Qualquer rocha,quando deslocada para regiões profundas da crosta, pode ser mais o menos alterada, quer na sua estrutura quer na sua composição meniralógica, sem que ocorra fusão. Este processo, designado por metamorfismo, ocorre em locais com características termodinâmicas (temperatura e presão) específica, que caracterizam o ambiente metamórfico. As rochas formadas são metamórficas.

Factores de Metamorfismo

  Existem vários factores de metamorfismo que, que conjugam-se com diferentes graus de intensidade nos diversos locais da terra, conduzem à formação de uma grande variedade de rochas metamórficas.


-Tensão

  A tensão a que as rochas na listosfera estão sujeitas é provocada pela carga da massa rochosas suprajacente. Este tipo de pressão atua em todos os sentidos- Tensão litostática- e faz-se sentir a partir de uma profundidade relativamente pequena, provocando, sobretudo, diminuição de volume das rochas, com consequentemente aumento da densidade.
  As rochas estão também sujeitas a tensões resultantes dos movimentos tectónicos. Esses esforços, de natureza compressiva, distensiva ou de cisalhamento, geram uma tensão com uma orientação bem defenida, designada -Tensão não litostática. Como consequência desta tensão dirigida, os minerais das rochas passama  apresentar uam disposição orientada dos seus mineraissegundo planos paralelos-foliação.

 


 

Figura 39 Tipos de Tensões

 - Temperatura

 

  Á medida que se vão sofrendo a influência do calor interno da Terra, do calor, resultante da pressão litostática ou do calor resultante da proximidade de um intrusão magmática.

  Quando os minerais das richas são suficientemente aquecidos sem, contudo, entrarem em fusão, os elementos de rede cristalina passama dispor- se segundos novos arranjos.Este processos de recristalização permite, assim, a formação de novos minerais a apartir de outros existentes e, consequentemente, a formação de novos tipos de rochas.Se para determinado valor de profundidade e depressão a temperatura verificada ultrapassar o ponto do fusão das rochas, estas começarão a fundir, iniciando-se a transição do metamorfismo para o magmatismo.

 

- Fluidos de circulação

 

  As alterações metamórfisca que ocorrem quando as temperaturas e pressões se elvam são muito facilitadas se estiverem presentes fluídos de circulação.Estes fluídos, reagindo com os minerais que formam a rocha, podem dar origem a minerais de composição diferente, por remoção ou introdução de determinados componentes químicos, o que provoca alterações, importantes ao nível da composição química e mineralógica de rocha inicial. Uma argila, por exemplo, contém sempre alguma quantidade de água, quer preenchendo os seus poros quer fazendo parte da estrutura dos eus minerais hidratados. Esta água, adquirida no descurso dos fénomenos da superfície, é libertada por desidratações sucessivas, quando a rocha entra no domínio dos processos metamórficos, passando a fazer parte da frase fluida, com importante participação nas trocas químicas verificadas entre os diversos minerais.

 

- Tipos de metamorfismo

 

  Os diferentes tipos de metamorfismo definem-se em função de intensidade relativa dos fatores de metmorfismo (temperatura, tensão ou fluídos) associados aos diferentes ambientes metamórficos.

 

Metamorfismo de contacto

 

  Neste tipo de metamorfismo, de carácter muito localizado, os fatores determinantes são o calor e a circulação de fluidos. O metamorfismo de contacto ocorre junto de formações magmáticas que se introduziram nas rochas preexistentes ( intrusões magmáticas). Em virtude ao aumento de temperatura e da circulação de fluidos, as rochas adjacentes ás introdusões começaram a ser metamorfizadas ao longo de uma zona envolvente designada por auréola de metamorfismo, A extensão desta zona dependedas suscertibilidade de rocha metamorfizada bem como da dimensão e temperatura da instrusão.

  As rochas genericamente conhecidas por corneanas resultam da alteração das rochas encaixantes, que estão em contacto  direto com o magma da intrusão. Os quartzitos e os mármores são exemplos de rochas que podem ser formadas sob influência do calor das intrusões , respetivamente, a partir da recristalização de arenitos e calcário. São rochas sem foliação , uma vez que este tipode metamorfismo está associado a baixos valores de  tensão. Note- se que o termo corneana pode ser utilizado num sentido mais restrito para designar as rochas metamórficas resultantes da transformação de argilitos.

 

 

Figura 40 Metamorfismo de contacto(rochas e Aureóla de Metamorfismo)

Metamorfismo regional

 Este tipo de metamorfismo que actua em extensas áreas, sobretudo ao longo dos limites tectónicos convergentes, está relacionado com a formação de grande cadeias montanhosas a partir, por exemplo de expessas camadas de sedimentos acumulados em determinadas regiões oceânicas. 
 O metaformismo regional resulta da acção combinada do calor, das tensões dirigidas e dos fluidos de circulação, constituido por xisto ou o gnaisse bons exemploas de rochas formadas sob estas condições. Uma vez que a pressão não litostática (dirigigda) é um dos factores determinantes neste tipo de metaformismo, estas rochas apresentam tipicamente uam foliação evidente.

 

 

 

Figura 41. Meatamorfismo de Contacto

- Minerais indicadores de metamorfismo

 

  Durante o processo de metamorfismo, as rochos e os minerais preexistentes alteram-se como resultado da ação dos fatores já referidos.As novas condições físicas e químicas a que as rochas passam a estar sujeitas determinam o desaparecimento de certos minerais, a manutenção de outros e formação de novos.

  A presençade novos minerais ( minerais de neoformação) permite inferir das condições de pressão e temperatura em que decorrem os processos de metamorfismo, uma vez que a sua formação ocorre em condições de temperatura e pressão com limites bem defenidos. Os minerais que permitem caracterizar as condições de pressão e temperatura em que decorrem as transformações degnam-se por minerais-índice.

 

 

Figura 42. Rochas criadas no metamorfismo de contacto

- Classificação de rochas metamórficas

 

  Face á grande diversidade de rocha metamórfica e á complexidade da sua clasificação, apenas se apresenta de um esboço de sistematização, com base na presença ou ausência de foliação, e alguns exemplos mais comuns destas rochas.

Figura 43.Rochas Metamorficas

  • Facebook Clean Grey
bottom of page